terça-feira, 15 de abril de 2008

De onde surgiu a expressão: "Fazer nas coxas"

Eu conheci um cara que tinha tudo pra dar certo. Ele era fofo, gente fina, inteligente, esforçado, engraçado e parecia estar tão interessado quanto eu. Já estávamos há um tempo juntos, até que resolvi dar um passo adiante. Saímos pra tomar um chopp e depois fomos para um motel. Não sou muito de ligar pra essas coisas, mas motel barato deixa você com a sensação que é só mais uma que o cara quer pegar, tirar proveito e “valeu, foi bom, adeus!”. Desencanei e fui. De tanto chopp que tomei, era normal querer fazer xixi de 5 em 5 minutos. Mas pra minha surpresa, o banheiro do quarto sequer tinha porta e apesar de saber que eu ia ficar pelada mesmo ali dentro, não queria começar tendo que ser sentada no vaso, com as calças arriadas, olhando pra ele sentado na cama me observando e eu puxando um assunto atrás do outro para ele não ouvir o xixi jorrando feito cachoeira. Tive que pedir pra ele sair do quarto enquanto eu fazia o serviço, né?!
Passados todos os aperreios, fomos pro que realmente interessava na noite. Estávamos lá, nos sarros e amassos, mas ainda vestidos e apenas com ambos os zíperes das calças abertos e estas um pouco arriadas. Ficamos assim, eu por baixo, ele por cima e eu pensando cá com meus botões quando ele ia botar pra quebrar. Só que de repente, ele saltou de cima de mim, virou pro lado e respirou fundo como se tivesse voltado de uma corrida pelo quarteirão. Ãn?! Como assim?!
Nos "vestimos", ele puxando assuntos nos quais eu não conseguia me concentrar, pois ficava me perguntando o que teria acontecido: se ele tinha brochado, se tinha se desiludido comigo, se não tava afim ou algo do tipo.
Já no carro, na hora de pagar, cadê que o cartão dele passava?! Desprevenido, sem grana (dizendo ele que gastou a grana no bar e tinha somente alguns trocados), eu sem cerimônia, dei o dinheiro e paguei o motel. Ele um tanto quanto constrangido, resolveu passar num caixa eletrônico, mas àquela altura do campeonato nenhum caixa ia estar aberto. Então pediu que eu mandasse o número da minha conta pra ele quando conversássemos no msn (esqueci de dizer que ele trabalhava fora, só vinha de dois em dois meses pra cá), e ele me reembolsaria. Mainemmóóórttaaa que eu ia fazer isso e deixei pra lá.
No dia seguinte, depois de muito dormir pra esquecer essa noite trágica, recebo uma ligação dele dizendo que a noite tinha sido ótima e que gostaria muito de repetir novamente. Como assim Bial?! E pra piorar disse que tava com medo, pois tínhamos “transado” sem camisinha e achava que era melhor eu tomar a pílula do dia seguinte. Eu só faltei cair na gargalhada.
Resumão do babado: O caba passou a noite furufando com a minha linda coxa e achou que tinha mandado ver. Estranhei por não ter me melado, mas como ele tava sem camisinha e jurando que tava transando comigo, aquele pulo pode ter significado que ele tinha chegado aos finalmente e pulou fora pra “não gozar dentro”.
Fiquei pretérita-passada-perfeita com isso. Ainda fui boazinha e dei uma outra chance quando ele retornou dois meses depois, pra tirar a prova dos nove (geralmente alguns caras ficam nervosos tentando impressionar na primeira vez), mas nem preciso dizer que foi um fiasco... Ficamos por aí mesmo e dei um jeito sutil (que só mulher tem) de dizer: “valeu, nem foi tão bom, então... adeus”.

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