sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A despedida do amor

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.
(Martha Medeiros).

6 comentários:

Dany disse...

o bom é saber que dói, mas passa. Hoje eu sei que o tempo é realmente o melhor remédio!

Kamilla Barcelos disse...

Saibamos q a dor passa, amores vão e vem... É bom amar, mas nada dura p/ sempre, né?

blog do dudu santos disse...

Quando um amor termina devemos aplaudi-lo, afinal vivemos intensamente aquela relação, agora vem outro amor e nossa vida continua , nada é eterno... só a obra que deixamos no mundo
bjo do artista

Anônimo disse...

A Dany me indicou o blog e eu sinceramente gostei muito!Otimos textos,uma excelente escrita e bem humorados!Vou linkar vc...E vou voltar sempre!
Tenha um aotima semana!
Bjinhos(**

Anônimo disse...

Não existe dor pior do que a dor da despedida...
saber que vc não tera mais aquela pessoa q ama do seu lado!
so de pensar nessa hipotese, me da vontade de chorar porque amo com todas as minhas forças meu morzinho e juro que não quero mais passar por outra despedida nao...

Anônimo disse...

já eu, reclamo de não me prender a ninguém!
uma coisa q é difícil e chato tbm! até pq às vezes é bom se apegar!

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